Sorgo, o promissor ceral

SORGO, O PROMISSOR CEREAL

Talvez você nunca tenha ouvido falar no Sorgo, o quinto cereal mais produzido no mundo. Isso é porque na America do Sul, Australia e EUA o cereal é utilizado para produção de alimento para a pecuária. Mas na Africa, America Central e Asia é muito utilizado para o consumo humano. Frente as recentes preocupações em relação ao uso da farinha branca e dos prejuízos do consumo do glúten, o sorgo vem ganhando espaço na nossa mesa. Isso porque o sorgo pode auxiliar no controle da glicemia, diminuição da resistência insulínica, melhora do perfil lipídico (colesterol), auxilio e prevenção na anemia e osteoporose, prevenção e tratamento de câncer, fadiga, auxiliar emagrecimento, além de ser totalmente seguro para consumo por celíacos e intolerantes ao glúten.

O sorgo pode apresentar diferentes tipos e os mais interessantes são os tipos polifenoicos, ricos em taninos, que são substancias antioxidantes e anti inflamatórias.  O sorgo é ainda rico em niacina, riboflavina, tiamina, magnésio, ferro, cobre, cálcio, fosforo, potássio, proteínas de boa qualidade e fibras (uma porção pode servir quase metade da ingestão diária recomendada de fibras).

      As fibras auxiliam no trato digestivo, fazem os carboidratos serem absorvidos de maneira mais lenta, diminui os picos glicêmicos e de insulina, além de aumentar saciedade e favorecer a motilidade intestinal. Dessa forma, o sorgo é útil no diabetes, emagrecimento e constipação. O potencial dos fito químicos do sorgo também são uteis na diminuição da glicação proteica que ocorre em excesso nos diabéticos.

As fibras e os fito químicos do sorgo auxiliam na redução do LDL, o colesterol ruim, melhorando o perfil lipídico. Pelo controle do colesterol e dos efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios, o sorgo diminui a incidência de doenças cardiovasculares.

O sorgo possui mais anti inflamatórios e antioxidantes que fontes conhecidamente ricas nesses nutrientes como blueberries e romã. Enquanto o sorgo apresenta de 23 a 62mg de poli fenóis por grama, as blueberries apresentam 5mg e o suco de romã de 2 a 3,5mg. Isso coloca o sorgo como um possível e potente preventor de câncer. Alguns estudos apontam a efetividade de compostos poli fenólicos do sorgo e do vinho no tratamento de melanoma. Além disso, uma substancia conhecida como 3 DXA (3 deoxiantoxianina) presente no sorgo apresentou atividade antiproliferativa em células cancerígenas de colon. Um estudo em população africana demonstrou um efeito protetor no uso do sorgo como insumo básico no lugar do milho em relação a incidência do câncer de esôfago, por possível efeito antiproliferativo mas também relacionado a resistência do sorgo a colonização por um fungo presente no milho.

O cobre presente no sorgo pode ser um bom aliado no tratamento e prevenção de anemia, uma vez que melhora a absorção de ferro. Uma porção de sorgo pode ter mais da metade do cobre necessário para um dia.

O magnésio presente no sorgo auxilia na absorção de cálcio, mantendo a integridade do tecido ósseo, auxiliando na recuperação deste tecido e evitando o surgimento de doenças como osteoporose.

As vitaminas do complexo B como como niacina, riboflavina e tiamina são essenciais para o gerenciamento de energia do corpo humano, e responsáveis pela transformação do potencial energético do nosso corpo em energia efetivamente. Uma porção de sorgo tem até um terço da dose diária recomendada de vitamina B3 (niacina).

Com tantas vantagens, é muito provável que este cereal esteja cada vez mais presente nas receitas de alimentos como massas, pães, bebidas etc. Já é possível encontra-lo nas receitas de alguns restaurantes ou a sua farinha para produção de alimentos.

 

Dr Thiago Volpi
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